POR AMOR À COMIDA

Quando se trata de alimentos, há dois tipos de pessoas.

Para alguns é um hobby querido, para outros é uma fonte de energia necessária.

Caio directa e apaixonadamente no primeiro escalão.

A comida excita-me. Tira-me da cama de manhã. Muitas vezes não me consigo lembrar do que fiz no fim-de-semana passado, mas lembro-me das refeições que comi há décadas e ainda posso saborear o melhor dos sabores se fechar os olhos.

Portanto, claramente, levo os meus restaurantes a sério. Quando uma nova abre, sou a primeira pessoa a bater à porta, desesperada por entrar ali, ver como se sentem as cadeiras quando me sento, ler os menus, segurar os talheres nas mãos e agonizar sobre o que ter. Trata-se de muito mais do que as delícias que saem da cozinha, claro. É mais difícil apreciar um grande pedaço de peixe se se estiver a olhar para um quadro feio numa cave sujo. E igualmente um bife médio pode subir a escala se se estiver a vigiar uma cena digna de uma pintura.

Felizmente Amara, a última abertura da Four Seasons Fairways, não me decepcionou. A responsabilidade de criar algo novo a partir do zero tem de ser levada a sério, tem de ser autêntica, tem de aproveitar ao máximo os arredores e, claro, tem de entregar alimentos que saibam melhor do que se lê no menu.

Comecei com o foie gras mi-cuit com gel de marmelo de rabanete e compota, segui-o com filete de robalo queimado com vieiras, vegetais vidrados e um molho de sabayon de laranja, e terminei o jantar com o deleite de chocolate com mousse e gelado de avelã, tudo isto iluminado pelas belas vistas que rodeiam o restaurante panorâmico.

Parece incrível… sabia ainda melhor. A combinação foi tão boa que estou disposto a apostar que mesmo algumas das pessoas que caem no outro grupo de comer por necessidade estariam a delirar sobre o lugar… experimentem e avisem-me!

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